buscapé

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

adsense

uol

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

auto generated

segunda-feira, 20 de junho de 2011

MAQUIAGEM ÁRABE

                                        Essa maquiagem é muito linda !
                                       Além de ser linda, está em alta.
                               a maioria das atrizes estão usando essas maquiagens.
                               então isso influência muito as pessoas usarem.

Governo afegão quer acabar com abrigos para mulheres

 

S. Sabawoon/EFE - 18.set.2010
Mulher afegã mostra o dedo com tinta após votar nas eleições parlamentares em Cabul
Após os seus pais a terem expulsado de casa por ela ter se recusado a casar com um viúvo de 52 anos de idade, pai de cinco crianças, Sabra, 18, embarcou em um ônibus que a deixou, com medo e confusa, no centro de Cabul. Sabra dormiu em uma mesquita durante alguns dias, comendo muito pouco, até que uma mulher apiedou-se dela e a colocou em contato com funcionários de uma organização de direitos humanos, que a conduziram a um abrigo de mulheres.

Essa jornada – que por si só já é aterrorizante para uma jovem que jamais se aventurou para além da mercearia da esquina – vai se tornar ainda mais penosa segundo as novas regras que estão sendo elaboradas pelo governo afegão, e que, segundo os defensores dos direitos das mulheres, impedirão que as mulheres e meninas mais vulneráveis busquem refúgio e estão fechando o cerco sob os abrigos.

As novas regras são fruto das suspeitas que ainda são geradas pelos abrigos de mulheres nesta sociedade profundamente conservadora, onde essas instituições passaram a simbolizar o choque entre os valores modernos e o modo de vida tradicional afegão. Muitos acreditam que a existência desses abrigos, na melhor das hipóteses, encoraja as meninas a fugirem de casa e que, na pior das hipóteses eles se constituem em uma rota para as casas de prostituição.

As mudanças na lei exigiriam que uma mulher como Sabra justificasse a sua fuga perante um comitê governamental formado por oito membros, que determinaria se ela teria necessidade de ir para um abrigo, se deveria ser presa ou voltar para casa, onde correria o risco de ser espancada ou até mesmo assassinada. Ela teria que se submeter a um exame físico que poderia incluir um teste de virgindade.

Embora algumas pessoas acreditem que o governo possa suavizar as regras antes da aprovação final, os defensores dos direitos das mulheres veem essa iniciativa como um exemplo de como o governo cede às pressões de elementos conservadores sob o aspecto religioso e social, no momento em que o governo do presidente Hamid Karzai dá início a tentativas de reconciliação com os insurgentes. Eles temem que os direitos das mulheres venham a se constituir na primeira área na qual o governo cederá aos conservadores.

“Eu não sei ao certo por que eles estão fazendo isso – talvez porque o governo esteja se tornando mais conservador e deseje agradar o Taleban”, opina Manizha Naderi, diretora da organização Women for Afghan Women, que administra três abrigos e cinco centros de aconselhamento familiar distribuídos pelo país.

“A violência doméstica é cultural. Demora tempo para mudar esse quadro, mas ele um dia mudará. Enquanto isso as mulheres necessitam de um local seguro quando são vítimas da violência”, diz Naderi.

Uma década atrás, abrigos para mulheres vítimas de abusos sequer existiam no Afeganistão, onde até hoje muitas das piores práticas associada à era do Taleban, como os casamentos encomendados para noivas ainda crianças, os chicoteamentos em público e a mutilação de mulheres, continuam ocorrendo nas áreas rurais.

Atualmente, existem cerca de 14 abrigos para mulheres, financiados por um conjunto de organizações internacionais, doadores privados e governos ocidentais. As novas regras, estabelecidas pelo Ministério de Questões das Mulheres, colocaria esses abrigos sob o controle direto do governo.

As regras alarmaram os defensores dos direitos das mulheres, que dizem temer que um comitê nomeado pelo governo não seja capaz de fazer frente às pressões de mediadores ou outras pessoas que desejem que as suas filhas sejam mandadas de volta para casa, para que sejam punidas segundo os costumes afegãos. Até mesmo o fato de uma mulher fugir de um casamento marcado por abusos é considerado uma vergonha para a família dela.

“Em diversas ocasiões, eu enfrentei dificuldades provocadas pelo governador distrital que apoiava a família da mulher, e não a mulher”, conta Soraya Pakzad, que administra abrigos nas províncias de Herat e Badghis. “Se o pai da mulher for um ex-comandante e o juiz for um amigo dele e disser que a mulher tem que voltar para casa, nós podemos levantar a voz, mas eu temo que o Departamento de Questões das Mulheres não terá a coragem necessária para isso”.

Os diretores de abrigos dizem que estão dispostos a submeterem-se a uma fiscalização minuciosa por parte do governo e que estão prontos a aderir às exigência do governo relativas a procedimentos operacionais. No entanto, a administração de abrigos não é algo para o qual o Ministério das Questões das Mulheres possua o orçamento, os funcionários ou a experiência que se fazem necessários, segundo a Comissão Afegã Independente de Direitos Humanos e os diretores dos abrigos.

“O ministério não é capaz sequer de encontrar funcionários para os seus departamentos em algumas províncias. Sendo assim, como é que eles vão encontrar pessoal para desempenhar essa tarefa mais sensível de administrar os abrigos?”, questiona Soraya Sobhrang, integrante da comissão de direitos humanos, que se concentra nas questões da mulher.

O Ministério das Questões das Mulheres já enfrentou muitas dificuldades para recrutar mulheres para trabalharem nos seus escritórios provinciais nas regiões sul e leste do país, onde a maioria étnica é pashtun, e onde a insurgência continua forte. Os diretores locais enfrentam frequentemente ameaças e tentativas de assassinato.

A evolução das novas regras teve início em 2009, quando Karzai criou uma comissão liderada por uma figura religiosa importante, o mulá Nematullah Shahrani, para fiscalizar os abrigos e preparar um relatório.

Autoridades graduadas do Ministério de Questões das Mulheres insistem que as novas regras estão sendo criadas para o bem estar das mulheres e que não existe nenhuma intenção de controlar os abrigos existentes. Uma cópia das regras, obtida pelo “New York Times”, deixa claro, no entanto, que as organizações não governamentais não administraria mais esses abrigos.

“Nós desejamos ter centros nos quais as mulheres sintam-se seguras e livres das tensões, e onde possam buscar ajuda”, diz Fawzia Amina, diretora de questões jurídicas do ministério, que participou da redação das regras.
“Não queremos controlar os abrigos administrados pelas organizações não governamentais e outros indivíduos”, disse ela, acrescentando. “Quemos ter os nossos próprios abrigos ao lado daqueles abrigos já existentes”.

No entanto, o Gabinete Afegão parece ter baixado uma ordem clara no sentido de que todos os abrigos sejam controlados pelo governo, segundo pessoas próximas ao núcleo de poder do país. Isso poderia talvez ser um reflexo da sensibilidade generalizada em relação à questão dos abrigos por parte de muitos integrantes do governo e do parlamento, que ressentem-se particularmente do fato de essas instituições lembrarem à população o quanto ainda falta para que o Afeganistão combata de fato o problema da violência contra as mulheres.

Um caso ilustrativo envolve a ministra do Trabalho, Questões Sociais, Mártires e Deficientes, Amina Afzali, uma integrante do comitê que visitou os abrigos do país. Em uma entrevista, ela concordou que havia casos em que as mulheres necessitavam de proteção, mas não gostou do fato de os abrigos discutirem abertamente os abusos cometidos.

Afzali afirmou que um fato particularmente irritante foi a publicidade quanto ao caso de Bibi Aisha, uma noiva adolescente cujo nariz foi amputado pelo marido quando ela tentou fugir de casa. Ela foi fotografada pela revista “Time”, que a colocou na capa de uma edição do ano passado, quando ela se encontrava em um abrigo administrado pela Women for Afghan Women.

“Esse tipo de publicidade nos humilha perante o mundo”, reclamou Afzali. “Atualmente o Afeganistão está sob as lentes de um microscópio, mas se outros países fossem escrutinados como estão fazendo com o Afeganistão, eles também apresentariam casos tão excepcionais como o de Bibi Aisha”.

Alguns membros conservadores do parlamento gostariam que os abrigos fossem inteiramente fechados. Hajji Neyaz Mohammed, um advogado da província de Ghazni, condena duramente os abrigos de mulheres, classificando-os de “locais oficiais para o aumento da perversão no nosso país”.

“Esses abrigos criam problemas em famílias e residências, e eles encorajam as meninas a fugirem de suas casas”, afirma Mohammed. “Em 90% dos casos nos quais as mulheres retornarem dos abrigos para as suas vilas, elas não serão mais aceitas pela comunidade e serão suspeitas de terem cometido adultério”.

AS REGRAS DA MULHER AFEGÃ



Algumas das principais regras que a mulher afegã tem de obedecer durante o regime da milícia islâmica talibã:
1. É absolutamente proibido às mulheres qualquer tipo de trabalho fora de casa, incluindo professoras, médicas, enfermeiras, engenheiras, etc.
2. É proibido às mulheres andar nas ruas sem a companhia de um “nmahram” (pai, irmão ou marido).
3. É proibido falar com vendedores homens.
4. É proibido ser tratada por médicos homens, mesmo que em risco de vida.
5. É proibido o estudo em escolas, universidades ou qualquer outra instituição educacional.
6. É obrigatório o uso do véu completo (“burca”) que cobre a mulher dos pés à cabeça.
7. É permitido chicotear, bater ou agredir verbalmente as mulheres que não usarem as roupas adequadas (“burca”) ou que desobedeçam a uma ordem talibã.
8. É permitido chicotear mulheres em público se não estiverem com os calcanhares cobertos.
9. É permitido atirar pedras publicamente a mulheres que tenham tido sexo fora do casamento, ou que sejam suspeitas de tal.
10. É proibido qualquer tipo de maquilhagem (foram cortados os dedos a muitas mulheres por pintarem as unhas).
11. É proibido falar ou apertar as mãos de estranhos.
12. É proibido à mulher rir alto (nenhum estranho pode sequer ouvir a voz da mulher).
13. É proibido usar saltos altos que possam produzir sons enquanto andam, já que é proibido a qualquer homem ouvir os passos de uma mulher.
14. A mulher não pode usar táxi sem a companhia de um “mahram”.
15. É proibida a presença de mulheres em rádios, televisão ou qualquer outro meio de comunicação.
16. É proibido às mulheres qualquer tipo de desporto ou mesmo entrar em clubes e locais desportivos.
17. É proibido andar de bicicleta ou motocicleta, mesmo com seus “maharams”.
18. É proibido o uso de roupas que sejam coloridas, ou seja, “que tenham cores sexualmente atraentes”.
19. . Os transportes públicos são divididos em dois tipos, para homens e mulheres. Os dois não podem viajar no mesmo.
20. É proibida a participação de mulheres em festividades.
21. É proibido o uso de calças compridas mesmo debaixo do véu.
22. As mulheres estão proibidas de lavar roupas nos rios ou locais públicos.
23. . As mulheres não se podem deixar fotografar ou filmar.
24. Todos os lugares com a palavra “mulher” devem ser mudados, por exemplo : O Jardim da Mulher deve passar a chamar Jardim da Primavera.
25. Fotografias de mulheres não podem ser impressas em jornais, livros ou revistas ou penduradas em casas e lojas.
26. As mulheres são proibidas de aparecer nas varandas das suas casas.
27. O testemunho de uma mulher vale metade do testemunho masculino.
28. Todas as janelas devem ser pintadas de modo a que as mulheres não sejam vistas dentro de casa por quem estiver fora.
29. É proibido às mulheres cantar.
30. É proibido a homens e mulheres ouvir música.
31. Os alfaiates são proibidos de costurar roupas para mulheres.
32. É completamente proibido assistir a filmes, televisão, ou vídeo.
33. As mulheres são proibidas de usar as casas-de-banho públicas (a maioria não as tem em casa).

A Mulher no Mundo Muçulmano

Clube de História 7, Porto Editora


"A mulher ocupa uma posição de inferioridade na sociedade muçulmana. Quando falamos na mulher muçulmana, dois símbolos logo nos ocorrem: o harém e o véu. Estes sinais distintivos das mulheres muçulmanas sugerem a sua subordinação ao homem, apesar da igualdade espiritual das mulheres estar expressa no Corão: "...e os homens que se lembram constantemente de Deus, tal como as mulheres que o fazem, para todos eles Deus preparou o perdão e uma enorme recompensa" (33:35)
A subordinação da mulher é demonstrada e justificada pela lei, costumes e tradições da Civilização Muçulmana, dizendo mesmo que há apenas um reconhecimento dos diferentes papéis dos dois sexos e não uma inferioridade efectiva.
Assim, as marcas jurídicas da inferioridade da mulher são as seguintes:
- a mulher só pode ter um marido, ao contrário do homem, que pode ter quatro mulheres ao mesmo tempo;
- a mulher só pode casar com um muçulmano, ao contrário do homem, que pode casar com uma mulher de outra religião;
- a mulher apenas pode pedir o divórcio em casos extremos, ficando a custódia dos seus filhos para o pai, e o testemunho do homem tem o dobro do valor do da mulher;
- a herança da mulher é duas vezes inferior à do homem.
- A maioria das mulheres vive na reclusão, poucas foram as que tiveram papéis activos em questões públicas, embora actualmente haja uma crescente liberalização do papel das mulheres fora de casa que começou sob a influência ocidental. Em alguns países, porém, verifica-se um retrocesso aos valores islãmicos, através do fundamentalismo islãmico."
A mulher árabe tem uma prática de vida completamente diferente da mulher ocidental, tendo de obedecer a regras muito estritas. No entanto, a forma de viver das mulheres não é igual em todo o mundo árabe. Em alguns países árabes as mulheres vivem enjauladas e maltratadas e noutros alcançaram a sua emancipação.
Apresentámos aqui dois exemplos contrastantes: a mulher afegã em que a “desobediência equivale à morte” e a mulher do Sara emancipada.
Fonte: Revista Notícias Magazine, 21 de Outubro de 2001.

“ Mulheres do Sara – árabes e emancipadas”


No deserto, na Argélia, elas mostram como o Islão não tem que prender as mulheres. Quando os homens partiram para a guerra, elas construíram campos, hoje quase cidades e tomaram conta da saúde, cultura, desporto, milícias, educação. "Só havia mulheres, nada mais". Quando eles regressaram respeitaram a liberdade delas. Vivem numa luta há 25 anos, trabalham, cuidam dos filhos e da casa, transportam água, são enfermeiras, professoras e deputadas, ministras. E sabem rir.
Há 25 anos Espanha assinava um acordo, deixando o Sara Ocidental, uma antiga colónia, nas mãos de Marrocos, que rapidamente ocupou as terras através do que ficou conhecido como a “marcha verde”. Muitos sarauis foram obrigados a deixar as suas casas, próximo do mar. E fogem pelo deserto até Tindouf, na Argélia (...). Próximo de Tindouf, as mulheres começam a construir os acampamentos de refugiados, que hoje quase parecem cidades, enquanto os homens vão para a frente lutar. (...)
“ Enquanto os homens estavam na frente a lutar, as mulheres ficaram à frete de tudo: da saúde, cultura, desporto, milícias, educação... só havia mulheres, nada mais.” Explica-nos Magbula Hafdala Ali, uma jovem de 26 anos (...). São também estas mulheres que cuidam da casa, dos filhos, transportam a água e os cereais que chegam das ajudas humanitárias. (...)
“ A primeira imagem que se tem da mulher árabe é a da mulher do Afeganistão”, afirma a ministra da cultura do Sara Ocidental, Mariam Hmada. Mas no deserto do Sara encontram-se estas mulheres árabes que iniciaram a sua emancipação há 25 anos por causa de uma guerra. Hoje as mulheres sarauis já alcançaram muitas liberdades que são vistas como um privilégio pelas outras mulheres árabes (...)”.
“ Em quase todos os países árabes, a mulher não pode viajar sozinha, tem de viajar com o marido ou com uma pessoa, como se fosse uma mochila”, salienta Mariam Hmada, que chegou à entrevista que tínhamos marcada ao volante do seu próprio jipe. Uma grande parte das jovens sarauis vão estudar no estrangeiro, a Cuba, Espanha, Líbia ou Rússia, por exemplo. Em 1975, na União Nacional de Mulheres Sarauis havia apenas uma mulher com estudos, hoje são 80 %. (...)
“ Em muitos países árabes a mulher não pode votar, e se não pode votar não pode ser candidata”, refere Mariam Hmada. No Sara existem sete deputadas para cinquenta e um deputados e para apresentar uma moção de censura, bastam cinco votos porque, segundo a ministra da Cultura, os sarauis “têm confiança em nós”. E acrescenta que “a lei diz que se os candidatos não são todos mulheres, pelo menos metade tem de ser.” (...)
Não houve um único caso em que depois do divórcio o homem tenha levado os filhos, no Sara Ocidental. (...)
Na maioria dos países árabes, uma mulher divorciada não tem grandes oportunidades de voltar a casar. Mas, segundo Mariam Hmada, no Sara é “ao contrário, quando uma mulher se divorcia tem mais oportunidades de se casar, porque os homens apreciam nela uma experiência.” Ainda que existam casamentos por conveniência, não é permitido casar uma mulher sem o seu consentimento, segundo as leis. (...)
Acrescenta também: “Aqui um homem nunca pode bater a uma mulher porque a sociedade o condena. E eu nunca ouvi de um caso de maus tratos desde que tenho este cargo”.