A cultura árabe é muito antiga e por isso mesmo, muito rica. Seja no campo da arquitetura, medicina ou matemática os árabes contribuiram muito para a evolução da humanidade.
Souad. Mas tempos atrás eu li um livro chamado “Queimada Viva”¹ que fazia um relato baseado em fatos reais sobre a vida trágica da jovem Souad, que aos 17 anos engravidou antes do casamento e por isso mesmo, foi sentenciada (pela familia) a ser queimada viva. Seu cunhado executou a sentença, e ela por sorte foi socorrida pelos vizinhos e sobreviveu com queimaduras severas pelo corpo. E o pior da história, é que a vizinhança, a sociedade, o governo e o mundo árabe em sí é indiferente a fatos como este. A moral é ‘defendida’ a todo custo e julgamentos e execuções familiares como este não sofrem interferencia da justiça, pois eles entendem que problemas de familia devem ser resolvidos pela familia.
Ou seja, no mundo árabe seria natural queimar ou apedrejar mulheres “pecadoras”. E às vezes nem precisa ser pecadora, basta nascer mulher: Souad descreve no livro, o momento em que percebeu que sua mãe assassinava as crianças que dava à luz, momentos depois do parto simplesmente por terem nascido meninas. Seu irmão, ao contrário, era criado cheio de mimos e cuidados e recebeu treinamento (não educação) para ser um homem violento e sanguinário como aqueles de sua familia.
Cultura vs. Crime
Todos devem concordar que os costumes e a cultura de um país ou de uma etnia devem ser respeitados. Mas neste caso, onde acaba a cultura e começa o crime? E este ‘costume’ de massacrar mulheres é tão forte, que as próprias mulheres participam e delatam outras mulheres para que estas sejam punidas. E mesmo em paises árabes mais liberais e modernos como o Kwuait e Qatar, o machismo ainda é violento e um tabú escondido debaixo do tapete.
Enquanto isso, no ocidente…
Mas quem somos nós para criticar? Já que aqui no ocidente, a liberdade excessiva criou uma sociedade libertina? Enquanto os árabes impõem a moral a ferro e fogo, nós ocidentais vivemos numa sociedade cada vez mais libertina e cheia de liberdades. Estes dias eu voltava do trabalho e passei por um carro que estava com o teto solar aberto e três garotas menores de idade dançavam vulgarmente para fora do carro ao som de um fank totalmente obseno e imoral…isso tudo acontecendo a uns 50 metros de uma procissão religiosa que celebrava o Corpus Christi. Fato impensável lá na terra dos árabes que não admitiriam jamais que o islã fosse desrespeitados desta forma.
Não sei o que é pior: a violência oriental ou a total falta de moral ocidental. Mas de qualquer forma, as mulheres árabes merecem um pouco mais de respeito.
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